07 dezembro, 2009

Recompilando o kernel do VirtualBox

Talvez você já tenha percebido que sempre que você atualiza o seu sistema e uma nova versão do seu kernel é compilada, o VirtualBox deixa de carregar as máquinas virtuais. Isso ocorre por que o kernel do VirtualBox foi compilado sob o kernel hospedeiro que acabou de ser atualizado e recompilado, não reconhecendo-o mais.


Uma solução fácil é baixar o arquivo de instalação do VirtualBox do site oficial (www.virtualbox.org) e reinstalar o programa. Como a instalação compila todo o kernel do VirtualBox, o programa volta a funcionar normalmente.

Entretanto, ao invés de baixar o arquivo e reinstalar o programa, você pode recompilar o kernel do VirtualBox, bastando digitar no terminal:

# sudo /etc/init.d/vboxdrv setup

Espere o kernel ser totalmente recompilado e acesse suas máquinas virtuais novamente, dessa vez sem nenhum problema.

Até a próxima!

03 dezembro, 2009

ChromiumOS no VirtualBox

O pessoal do Google não brinca em serviço e o mesmo vale para o pessoal da Dell. Após algumas semanas do lançamento do ChromeOS para os desenvolvedores, os engenheiros da Dell já conseguiram fazer o novo sistema operacional rodar em seu netbook Mini 10v.

Para uma maior divulgação do novo sistema, uma imagem .img foi disponibilizada no site da Dell, e pode ser obtida no link abaixo:
Entretanto, arquivos com extensão .img foram criados para serem instalados diretamente em um pen-drive. Para instalar no VirtualBox, por exemplo, você precisaria de uma imagem do tipo .iso.

O VirtualBox possui funções que vão muito além das observadas no modo gráfico do programa. O modo escrito possui diversas funcionalidades que nos auxiliam muito no manuseio de discos virtuais, por exemplo. Para converter uma imagem .img diretamente para .vdi (que é o formato final do arquivo de um sistema operacional instalado no VirtualBox) utilize o comando no terminal (Linux) ou no Dos (Windows):

VBoxManage convertfromraw -format VDI [filename].img [filename].vdi

Obviamente você deverá estar no diretório em que se encontra o arquivos .img e substituir os [filename] acima pelos respectivos nomes dos arquivos de entrada [filename].img e de saída [filename].vdi. Veja o que fiz:

A seguir, inicie a instalação de um sistema operacional no VirtualBox de forma normal. No momento de escolher o disco virtual, marque a opção "Utilizar disco já existente", como mostrado na imagem abaixo:

Clique no botão em formato de pasta para escolher o arquivo. Será aberta a seguinte janela:

Clique em "Acrescentar" e selecione o arquivo que você criou em formato .vdi. Clique em "Selecionar" e continue a instalação de forma convencional.

Na primeira vez que você subir a máquina virtual do Chromium, você terá uma surpresa quanto à velocidade de carregamento do sistema. Aqui no meu desktop (AMD Phenon Quad-core, 4 Gb) o sistema chegou na tela de login em aproximadamente 6 segundos.

Os engenheiros da Dell colocaram o nome de usuário de "dell" e a senha também "dell". Mais alguns segundos e o sistema está completamente carregado.

Agora é com você. Instale o Chromium no VirtualBox, faça o teste e poste aqui seus comentários sobre o novo sistema do Google.

Até a próxima!


20 novembro, 2009

Problemas com som no ubuntu 9.10 (Karmic Koala)?


Alguns usuário da nova versão do Ubuntu (9.10- codinome Karmic Koala) tem sofrido com problemas no som. Os principais sintomas apresentados são:

  1. O som não funciona, mesmo o ícone de som ao lado do relógio estando ativo;
  2. Quando se carrega manualmente o dispositivo de som, ele apresenta estalos constantemente.

Como muitas pessoas apresentaram esse problema (inclusive eu, no meu laptop), resolvi esclarecer o problema e solucioná-lo de definitivamente.

Ao terminar a instalação do sistema operacional, o mesmo é reiniciado. Ao reiniciar, surge automaticamente uma tela de "Drivers de Hardware", que detectou que seu modem possui driver proprietário. Ele pergunta se você deseja ativa-lo e você, obviamente, responde que sim.

Ao ativar o driver do modem, o mesmo passa a usar o ALSA (Advanced linux Sound Architecture) que, como o próprio nome diz, é a arquitetura responsável pelo funcionamento dos dispositivos de som. Assim, com o ALSA trabalhando para o modem, o som não é carregado, a não ser que você carregue-o manualmente no terminal;

sudo alsa force-reload

Se você está com esse problema, basta ir até Sistema>Administração>Drivers de Hardware e desabilitar o modem.

No meu caso ele já foi desabilitado. No seu, ao invés do botão "Ativar" estar presente, será exibido o botão "Desativar". Clique nele e reinicie o computador. Ao reiniciar, provavelmente você não ouvirá nenhum som, pois o volume deverá estar no mínimo. Clique com o botão direto do mouse no ícone do som (ao lado do relógio) e selecione "preferências". Aumente o volume e ouça suas músicas!

Até mais!

16 novembro, 2009

Microsoft se rende ao mundo Linux


A Microsoft admitiu que uma ferramenta utilizada no Windows 7 usa códigos desenvolvidos pela comunidade Linux e liberados sob licença GPL v2.

A ferramenta em questão é um conjunto de códigos usado para tornar mais rápido o boot do Windows 7 em netbooks. A presença de códigos Linux no Windows 7 já havia sido apontada por programadores da comunidade Linux, mas só agora recebeu uma confirmação pública da Microsoft.

Em blog, o gerente da Microsoft para open source 7 Peter Galli afirma que “após uma investigação preliminar” a companhia constatou a presença de códigos Linux na versão do Seven para netbooks.

Galli disse que o recurso foi desenvolvido por parceiros, o que segundo ele não diminui a responsabilidade da Microsoft no caso, já que a companhia deve saber que códigos seus fornecedores estão usando.


O uso de códigos Linux pela Microsoft não é errado do ponto de vista legal, já que a licença GPL v2 torna os códigos publicados sob essa versão livres para uso.


A Microsoft anunciou ainda que tornará públicos os códigos da ferramenta de auxílio ao book que leva informações criadas pela comunidade Linux.


fonte: http://info.abril.com.br

12 novembro, 2009

Movies on Linux

Este artigo não tem por finalidade ser técnico, mas sim informativo.

Sempre que comento em minhas aulas sobre o uso de Linux, sempre surge a afirmativa errônea de que existem poucos softwares para tal plataforma. Nesse caso temos que esclarecer duas coisas:

  1. Existem mais softwares para Linux do que para Windows, sendo que a esmagadora maioria deles também é software livre e está em constante aperfeiçoamento, sendo lançadas versões de atualização em pouco tempo;
  2. As pessoas, de forma geral, padecem de um mal crônico: PREGUIÇA MENTAL. Ninguém quer ficar pesquisando qual o nome do software que faz isso ou aquilo, se o vizinho da cadeira do lado sabe que o software X faz isso em Windows.
Mas, enfim, o que tudo isso tem a ver com os recursos para edição de vídeo em Linux? Simples: todos acham que o sistema mais usado para edição de filmes, desenvolvimento 3D, etc, está baseado em Windows ou Mac. Certo? Pois é, não é bem assim. Abaixo você confere uma lista resumida de filmes que foram produzidos em Linux:

  • Shrek;
  • Titanic;
  • O senhor dos anéis;
  • Vida de inseto;

Os principais estúdios de animação gráfica (Dreamworks, Pixar e Lucas Arts) utilizam o Linux no desenvolvimento de seus filmes.


Mas por que esses estúdios utilizam Linux? Simplesmente por que os melhores softwares de desenvolvimento em 3D possuem versão para Linux, como por exemplo o Blender. Olhe só a imagem abaixo:

Foto? Não, apenas um objeto em 3D que foi totalmente em Blender. Para ver mais imagens, clique na imagem do sapo.

E sabe qual é o custo para os estúdios instalarem tal programa em suas máquinas e começarem a produzir? ZERO. Se não acredita, clique no link abaixo e baixe o programa.

Os filmes produzidos com Blender são de altíssima qualidade, e não é de se estranhar que eles ganhem as telas de cinema do mundo todo. Deseja assistir um deles? Clique na imagem abaixo:


Bom, se você entendeu que se os maiores estúdios de animação gráfica usam plataforma Linux, não há nenhum motivo para acreditar que os recursos para desenvolvimento 3D ou edição de vídeos só existam para Win/Mac.

That's all folks!

01 novembro, 2009

Ubuntu 9.10 e o novo GDM

O GDM (Gnome Display Manager) é o gerenciador de login, aquele cara que você entra com o seu nome de usuário e senha. No Ubuntu 9.04, o time da Canonical foi muito feliz na escolha do tema, colocando por default um dos temas mais bonitos que já vi.

Entretanto, o grupo desenvolvedor do Gnome já tinha atualizado a para a versão 2 do GDM, mas a Canonical preferiu por não adotá0lo no Ubuntu 9.04.

Agora na versão 9.10, entra em cena a versão 2.28 do Gnome, a qual já vem com o GDM2. Até o momento, não há como customizar de forma descente o GDM e eu ainda não entendi o motivo pelo qual ele foi bloqueado.

Frustado com a nova cara do GDM, fui buscar mais informações sobre o que poderia ocorrer daqui em diante com o mesmo. Encontrei alguns vídeos no YouTube que me deixaram realmente muito contente com o que vi. Abaixo, só um aperitivo:


Esses eram previews antes da liberação da atualização. Como podemos notar, elas não foram escolhidas. Sinceramente: achei bem melhor essas do que a utilizada pela Canonical.

Vamos ver o que vem de novidades por ai.

Até mais!

29 outubro, 2009

Atualizando para Ubuntu 9.10 a partir do Ubuntu 8.10

Para aqueles que não atualizaram o Ubuntu 8.10 para a versão 9.04 e desejam atualizar para a versão 9.10, saibam que não é possível fazer o processo de atualização de forma direta.

Primeiramente, você deverá atualizar o seu sistema para a versão 9.04 (via internet ou via CD). A seguir, com a atualização do sistema feita, você ainda precisará atualizar todos os pacotes.

Via internet, a atualização pode ser feita da seguinte maneira: vá em Sistema > Administração > Gerenciador de Atualizações.

Observe que existe a mensagem de que uma nova versão está disponível. Clique em "Atualizar". O sistema fará tudo automaticamente. Realizado o processo de atualização para a versão 9.04, muitos pacotes que estavam instalados também precisarão ser atualizados, e isso será notificado a você automaticamente pelo sistema. Faça todas as atualizações necessárias.

Com o sistema totalmente atualizado para a versão 9.04, siga os mesmos passos acima e atualize para a versão:

Com isso, seu sistema estará completamente atualizado.

Embora pareça complicado e ilógico, esse processo é necessário para que o sistema não apresente nenhuma falha.

Até a próxima!


Ubuntu 9.10

A Canonical liberou hoje o download da versão 9.10 do Ubuntu.



A nova versão conta com diversas novidades que pretendem atrair mais usuários para o sistema, o qual é imune a vírus, não trava, navegação na internet muito mais rápida do que no Windows, muito rápido (tanto no boot quanto em seu funcionamento após carregado) e, o melhor de tudo, é grátis.
Lembrando que muitos softwares for Windows rodam em Linux graças a utilizatários como o WINE, o ubuntu é um produto muito atraente tanto para empresas como para usuários domésticos.
Para fazer download da nova versão, clique na imagem acima.

Até a próxima!

27 outubro, 2009

Para variar, Windows 7 também falha em apresentação

Do outro lado do planeta, apresentadores japoneses pagam o maior mico ao apresentarem o novíssimo e "revolucionário" Windows 7. Como não poderia deixar de ser, o programinha da Microsoft ainda sofre dos males do travamento, diferente do Linux.

Os vídeos abaixo mostram como algumas coisas nunca evoluem, ou evoluem bem pouco, digamos.



24 outubro, 2009

Versão RC do Ubuntu 9.10

Para aqueles que não conseguem esperar nem um minuto mais, a Canonial disponibilizou ontem a versão Release Candidate (RC) do Ubuntu 9.10, a qual é vem com algumas corresções feitas desde a versão beta do sistema.



Para baixar o novo sistema, clique aqui.

22 outubro, 2009

7 days more!

Só restam 7 dias para o lançamento oficial da versão 9.10 - Karmic Koala do Ubuntu. A nova versão promete vir com muitas novidades, as quais incluem:
  • Kernel 2.6.31, o qual possui suporte melhorado às placas de vídeo Intel, além de outros aperfeiçoamentos;
  • Novo instalador, ainda mais intuitivo;
  • Possibilidade de encriptação de pastas;
  • Nova versão do Wine e possibilidade de instalação e remoção dos softwares for Windows por um painel de controle próprio;
  • Gerenciador de rede com novo visual;
  • Integração com redes sociais;
  • e o principal: UBUNTU ONE. A Canonical disponibiliza 2 Gb de espaço para usuários comuns em seu servidores. Agora você pderá acessar seus arquivos de qualquer lugar onde você estiver. É a Computação nas Nuvens chegando primeiro ao Universo Linux.
Como ocorrido na última vez, durante o lançamento oficial do Ubuntu 9.04, pode-se preparar para um download muito lento da nova versão ou atualização automática do sistema devido a quantidade de mútiplos acessos aos servidores da Canonical.
Agora é só aguaradar mais uma semana. Em breve, novas informações sobre o novo produto.

07 setembro, 2009

IBM Lotus Symphony

2. Suítes para escritório

2.1 IBM Lotus Symphony

A IBM sempre foi famosa por enfrentar de frente a sua grande rival, a Microsoft. Seu apoio ao software livre ficou evidente quando ajudou o Linux a se tornar o principal sistema operacional em servidores, deixando para trás o Windows Server.

Como o Software Livre não é apenas uma ideia, mas uma filosofia, a IBM continua a destacar parte de seus funcionários para o desenvolvimento de softwares desse tipo. O segundo produto mais vendido da Microsoft (depois do seu sistema operacional) é a suíte para escritório Microsoft Office, o qual atinge valores estratosféricos em sua versão full. Entretanto, a Microsoft começou a perder terreno também nessa área após o lançamento de suítes para escritório gratuitas, como o OpenOffice.

Recentemente, a IBM lançou um novo produto para fazer frente ao Microsoft Office, o qual está disponível para as três principais plataformas: Linux, Mac e Windows. O projeto é baseado no OpenOffice, que possui código aberto. Entretanto, apesar de ser gratuito, o IBM Lotus Symphony não possui seu código aberto. Basicamente, podemos notar algumas melhorias, principalmente em sua interface, quando comparado ao OpenOffice. Abaixo, algumas imagens do programa:





Como pode ser visto nas imagens acima, o Lotus Symphony trabalha com abas, onde cada programa (texto, apresentação, planilhas e navegação) pode ser facilmente acessado, como ocorre nos modernos navegadores web.

Além disso, o Symphony também é um navegador web. Obviamente não possui todos os recursos do Firefox ou Opera, mas é uma ótima opção para um rápido acesso ao conteúdo da internet:


Para instalar o IBM Lotus Symphony vá até o Gerenciador de Pacotes Synaptic: Sistema > Administração > Gerenciador de Pacotes Synaptic. Digite symphony e marque-o para instalação. Clique em "Aplicar" e pronto. Após o download e instalação do programa, o Synaptic irá colocar um atalho para o programa em Aplicativos > Escritório*.

*Nota: de acordo com o site Guia do Hardware, existe um bug no programa, o qual cancela a instalaçao caso os efeitos da área de trabalho estejam habilitados, como o Compiz, Fusion, etc. Para evitar problemas, desative-os antes de proceder com a instalação. Para isso, clique com o botão direito do mouse na área de trabalho e depois em "Alterar plano de fundo". Entre na guia "Efeitos Visuais" e marque a opção "nenhum". Após a instalação ter sido concluída, ative novamente os seus esfeitos especiais.

03 setembro, 2009

Softwares Livre - Navegação na Internet - Firefox

1.2 Firefox

O Firefox é o segundo navegador mais utilizado em todo o planeta, perdendo somente para o Internet Explorer. O segundo lugar não significa que tal navegador é pior do que o Internet Explorer, pelo contrário, cada dia mais usuários migram para o Firefox. A predominância do Internet Explorer se deve ao fato dele já ser distribuído com o Microsoft Windows (seja ele qual for: 95, 98, 2000, 98, XP, Vista ou Windows 7), ou seja, como a grande maioria dos usuários utilizam Windows, acabam por utilizar o Internet Explorer também. Além disso, muitas empresas não migram de navegador porque seus aplicativos rodam dentro desse navegador e, assim, teriam que atualizar todo o software já criado para uma nova versão.

A última versão do Firefox (3.5 enquanto escrevo este artigo) passou por profundas mudanças, o que o tornou muito mais rápido no carregamento de páginas. No site do desenvolvedor, o Mozilla, pode-se obter uma centena de plugins e temas. Particularmente, meu Firefox possui os seguintes plugins:

FoxTab: permite que os sites carregados em diferentes abas sejam visualizados de diversas maneira diferentes. O fundo do aplicativo pode ser configurado de acordo com a vontade do usuário. Veja como o meu está configurado:


DownloadHelper: este plugin baixa qualquer vídeo em streamer carregado em seu navegador, como os vídeos do Youtube, por exemplo. O arquivo é salvo em formato .flv.

FlagFox: este plugin indica o país em que o site está hospedado e o ip do mesmo.


Open IT Online: possibilita abrir, a partir de documentos em anexo ou para download, arquivos de texto (.doc, .odt, etc.), imagens, planilhas e PDF diretamente em programas online como o Google Docs, Zoho, entre outros.

Entre os temas, até o momento desse artigo, estão disponíveis 395 deles, todos organizados por categorias. Se você preferir, você pode personalizar um tema e intalá-lo em todos os computadores de sua empresa, de forma que ela fique totalmente personalizada (o mesmo processo de customização é possível dentro de qualquer software livre). Como você pode ver na primiera imagem, estou usando um tema que deixa o meu Firefox com a cara do Safari, da Apple.

Para baixar o Firefox em portguês, entre no site do Mozilla e clique em download.

Esqueça o Internet Explorer. Perceba a brutal diferença na velocidade de navegação.

Até a próxima

02 setembro, 2009

Lubuntu - Ubuntu para computadores antigos

Se você ainda possui um daqueles computadores antigos parados em casa, com processadores lesados e apenas 256 Mb de ram, o que você está está esperando para botá-lo para funcionar novamente? Uma possível resposta a essa pergunta seria: ele fica muito lento com o XP (a quantidade mínima de ram para rodar o XP é igual a 256 Mb, sendo recomendado pela Microsoft 512 Mb).

Pensando em empresas e pessoas que possuem computadores antigos e que não possuem condições de fazer um upgrade nas máquinas, a Canonical, empresa desenvolvedora do sistema operacional Ubuntu, desenvolveu algumas versões do seu sistema Linux para esses tipos de computadores. Até o momento, a Canonical distribui o Xubuntu, mas junto do lançamento do Ubuntu 9.10 em outubro desse ano, a empresa irá lançar também mais uma opção para computadores com hardware restrito, o Lubuntu.

O Lubuntu é uma parceria da Canonical com a empresa desenvolvedora do ambiente gráfico LXDE. Esse ambiente gráfico é leve, amigável e versátil, seguindo os mesmos padrões gráficos do KDE. O arquivo de instalação (.iso) poderá ser baixado do site do Ubuntu e terá aproximadamente apenas 342 Mb.

De acordo com o site do LXDE, uma máquina Pentium II de 266 MHz, com 192 Mb de ram e um disco rígido a 5.400 rpm roda o LXDE com uma classificação de moderada/rápida, ao passo que em um netbook com um processador Intel Atom e 512 Mb de ram roda de forma muito rápida.

Testei a interface gráfica LXDE no Ubuntu 9.10 (alpha 2) em uma máquina virtual (VirtualBox) e fiquei admirado com a rapidez com que é carregada, mesmo como sendo um sistema virtualizado. Abaixo, alguns screenshots obtidos da minha máquina virtual:

Figura 01: desktop default da interface gráfica


Figura 02: estilo das janelas e ícones


Figura 03: navegador Firefox carregado no LXDE


Figura 04: Desligando o computador


Se você deseja utilizar o LXDE em seu linux, você poderá instalá-lo da seguinte maneira:

Adicione os seguintes canais de software da seguinte maneira: vá em Sistema > Administração > Canais de Software. Clique em "Programas de Terceiros".

Clique em "Adicionar..." e insira os dois caminhos a seguir, um de cada vez:

deb http://ppa.launchpad.net/lxde/ubuntu hardy main
deb-src http://ppa.launchpad.net/lxde/ubuntu hardy main


Ao fechar a janela, os pacotes serão atualizados automaticamente e você perceberá isso porque será aberta uma janela com um gráfico de conclusão da atualização. Caso isso não ocorra, abra o terminal (Aplicativos > Acessórios > Console) e digite:

sudo apt-get update

Esse comando tem por finalidade atualizar a lista de pacotes do apt-get. Com tudo pronto, abra o gerenciador de pacotes (Sistema > Administração > Gerenciador de pacotes Synaptic) e procure por lxde. O gerenciador irá encontrá-lo e, então, selecione a opção e clique em "Aplicar".


Caso prefira pela linha de comando, digite:

sudo apt-get install lxde

Pronto, de uma forma ou de outra você terá instalado o LXDE em sua máquina. No próximo login, antes de digitar o nome do usuário e senha, vá em opções > sessões e escolha LXDE. Entre com o nome do usuário e senha. Aproveite sua nova interface gráfica.

Softwares livre - Navegação na Internet


O conceito de Software Livre foi criado por Richard Stallman, tendo sua base legal seguida da adoção pela Free Software Foundation. Basicamente, um Software Livre pode ser copiado, modificado, redistribuído e utilizado sem nenhuma restrição. De acordo com a Free Software Foundation, um software é cosiderado livre quando garante aos usuários as 4 liberdades fundamentais:

  1. A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);
  2. A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
  3. A liberdade de redistribuir, inclusive vender, cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
  4. A liberdade de modificar o programa, e liberar estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

Tendo em vista o exposto acima, vamos iniciar uma série de artigos que abordam os principais softwares livres que podem ser usados tanto pelas empresas (escritórios, escolas, etc) como pelo usuário doméstico. Nessa primeira seção daremos início aos navegadores de internet.


1. Navegadores

1.1 Opera

O navegador Opera está entre os mais rápidos do navegadores. Sua última versão, Opera 10.0 (enquanto escrevo este artigo) possui todas as funcionalidades de um navegador padrão, como o Internet Explorer, Firefox, Chrome e Safari.



Assim como o Firefox, o Opera é facilmente customizado. Existem diversas skins disponíveis no site do desenvoledor, as quais podem ser visualizadas, baixadas e instaladas automaticamente. Veja algumas imagens abaixo:




Como pode ser notado nas duas últimas imagens, o Opera pode ser configurado para iniciar com uma página inicial chamada Speed Dial, que nada mais é do que um conjunto de 9 sites configurados pelo usuário que podem ser facilmente acessados a partir da tela inicial. Além disso, note também que há um ícone no tray do sistema (ao lado do relógio, no canto superior direito), o que nos indica que o navegador pode ser minimizado para ele.

Se você está procurando um navegador leve, rápido, altamente customizável e gratuito, o Opera é uma das suas opções.


22 agosto, 2009

Estudo de caso: cortando custos

Esse artigo é dedicado inteiramente aos profissionais da área de administração de empresas ou, mais diretamente, aos próprios empresários. Resolvi abordar o tema pois ainda não vi nenhum artigo na internet que faça o mesmo (mas, é lógico que devem existir aos montes).

Imagine um novo empreendedor, tipicamente brasileiro. Vamos chama-lo de Frederico, ou simplesmente, Fred. Ele não é um profundo conhecedor de informática, mas vira-se muito bem com as tarefas comuns à maioria dos usuários: envia e recebe emails, acessa sites de bancos para fazer pagamentos, utiliza programas de escritórios com destreza, como o Word e o Excell.

Fred possui um capital de R$ 100.000,00 que obteve com a venda de um apartamento que estava em seu nome, herdado de seu pai, já falecido. Fred decide montar uma empresa de vendas. Ao planejar sua empresa, Fred percebe que irá precisar, inicialmente, de 10 microcomputadores e, sabendo que deverá usar apenas softwares originais na empresa, decide pesquisar qual será o investimento inicial em apenas dois deles: o sistema operacional e um pacote Office. A relação abaixo foi produzida por Fred e mostra os valores médios encontrados por sua pesquisa:

Windows Vista Home Basic----------------------- R$ 350,00
Windows Vista Home Premium----------------- R$ 450,00
Windows Vista Business Full--------------------- R$ 700,00
Windows Vista Ultimate---------------------------- R$ 900,00
Windows XP Professional-------------------------- R$ 500,00

Office 2007 Standart Full-------------------------- R$ 1.100,00

Avaliando as possibilidades, Fred fica em dúvida entre o Vista Business Full e Windows XP, mas opta pelo segundo que, embora já defasado em relação aos dois novos sistemas da Microsoft (Vista e Windows 7, este último não relacionado acima), atenderia bem suas necessidades e com um custo significativamente menor. Como sempre utilizou o Microsoft Office, não se vê com opções de escolha. Dessa forma, multiplicando-se os valores de cada software por 10, Fred percebe que o investimento será de R$16.000,00, ou seja, 16% do seu capital inicial será utilizado penas em softwares básicos, sem contar o valor dos computadores propriamente ditos.

Assustado com o alto valor, Fred procura um amigo que é analista de sistemas para pedir ajuda. Vitor, o amigo analista, conta a Fred sobre os softwares livres. Assim, Fred descobre que pode economizar integralmente os R$ 16.000,00 que iria gastar, caso utilize soluções de software livre, como o Linux e o OpenOffice. Esses R$ 16.000,00 poderiam, então, ser utilizados de diversas maneiras, como manter um capital de segurança, investir em publicidade, investir no treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários, entre outros.

Ao inaugurar a empresa, os funcionários contratados deparam-se com compudores rodando o sistema operacional Linux, mais especificamente com a distribuição Ubuntu, que é uma das mais fáceis de utilizar. Como pacote de escritório, Fred optou pela instalação do OpenOffice 3.0, que supre não somente as necessidades de escritório convencionais, como também já vem com o recurso de salvar em PDF por default.

Obviamente, houve muita resistência dos funcionários ao novo sistema operacional, pois nunca haviam lidado com ele antes. Como todo administrador sabe, uma das características do ser humano é resistir a mudanças, visto que isto implica em um novo aprendizado, o que consome, além da paciência, muita energia.

Com o passar do tempo, os funcionários perceberam as vantagens do Linux sobre o Windows. Ele em momento algum travou, nem ficou lento com a instalação de novos programas. Adoraram a ideia de não existir vírus, o que os deixava mais seguros. Acabaram, obviamente, descobrindo que o seu funcionamento é tão simples quanto o do Windows e, em determinadas situações, até mesmo mais simples. Além disso, ao conhecerem os efeitos visuais do Compiz/Fusion, como o cubo 3D e as janelas gelatinosas, perceberam que o visual do Linux é o melhor que existe entre todos os sistemas operacionais e que o "efeito aero" do Windows Vista é apenas uma brinadeirinha de criança.

A empresa cresceu e, em pouco tempo, já haviam 30 computadores. A inserção desses 20 novos computadores teve um custo R$ 32.000,00 menor do que seria esperado se rodassem Windows XP com o pacote Microsoft Office. No total, a empresa já havia economizado R$ 48.000,00 em softwares básicos, ou seja, quase a metade capital financeiro disponível para ser investido na empresa em seu início.

Na empresa de Fred, não há necessidade de antivírus, pois o Linux não está ameaçado por esse tipo de problema. Dessa forma, se formos somar o custo de 30 softwares antivirus, como o Norton, por exemplo, ao preço de R$ 50,00 por estação de trabalho, a empresa ainda teria desembolsado R$ 1.500,00. Isso sem levar em conta que o antivírus tornaria os computadores mais lentos, o que obviamente tornaria todo o volume de trabalho da empresa também mais lento.

Com o passar do tempo, tanto Fred como os demais funcionários da empresa começaram a conhecer todo o poder do Linux. Descobriram que alguns softwares for Windows poderiam ser rodados no Linux por meio do Wine. Descobriram milhares de softwares gratuitos e que poderiam ser instalados diretamente da internet, sem maiores dificuldades.

Moral da história: por mais que haja uma resistência inicial à adesão do Linux, o que é natural, pois toda transição é complicada, as vantagens não residem apenas numa enorme economia no investimento inicial, mas também na segurança do sistema, em sua operabilidade e versatilidade.

Portanto, fica aqui uma dica: "Reveja e projete suas necessidades, pesquise suas aplicações críticas, estude as soluções de software livre para elas. Use e estimule o uso desses softwares, pois somente dessa forma as empresas e as pessoas serão livres para produzir o seu trabalho".

19 agosto, 2009

Um pouco de segurança para seu SO no VirtualBox

Mesmo para um usuário doméstico, um pouco de segurança cai bem. Se não fosse assim, ninguém se preocuparia em instalar um antivírus e, para os mais sabixões, um firewall. Todavia, quando estamos lidando com sistemas de uma empresa, todo cuidado é necessário, e vai desde evitar a perda de dados, pelo "falecimento" de um HD, utilizando um sistema RAID, até a uma implementação de um sistema de segurança para sistemas virtualizados que, por serem relativamente recentes, existe um temor natural de que algo possa fugir do controle dos administradores.

Se você é um usuário doméstico, ou mesmo um administrador de sistemas virtualizados de uma empresa, sempre é bom tomar um pouco de cuidado com a possibilidade de perda de dados. Se o seu caso é o primeiro, você já imaginou perder diversos trabalhos que estava em um sistema virtualizado pois você esqueceu de fazer backup deles (isso seria muito comum, pois quem iria se lembrar de que parte dos seus arquivos estão dentro de uma VM) :-(
Ok, ok, isso é por experiência própria!

Vamos aprender a criar snapshots de seu sistema virtualizado com o VirtualBox. Um snapshot funciona como se fosse uma imagem congelada do seu sistema em um determinado momento. Isso é muito útil se você deseja fazer um teste desconhecido que pode danificar o seu sistema. Se der algum problema, você poderá recuperar o seu sistema operacional da forma como ele estava no momento de criação do snapshot, ou seja, tudo volta a ser como era antes.

Para realizar essa tarefa, abra o VirtualBox, selecione qual será o sistema que você deseja criar um snapshot e, a seguir, entre na guia Snapshots, que está localizada a direira na janela principal do programa: (obs.: não carregue o sistema)

Clique no botão "Criar snapshot". A partir desse momento você terá um estado congelado do seu disco que poderá ser usado para recuperar o estado da sua VM a qualquer momento, retornando como era antes.

Caso seja necessário usar esse snapshot, basta clicar no botão ao lado do usado para criar o snapshot. Se você pousar o mouse sobre ele, você verá a indicação "Reverte o estado para o snapshot atual". Pronto, fim dos seus problemas.

Até a próxima.

Como criar clones de suas máquinas virtuais com o VirtualBox

Clonar suas máquinas virtuais pode ser útil não apenas quando se deseja criar várias máquinas virtuais pré-configuradas a partir de uma única instalação. Acima de tudo, clonar suas máquinas virtuais é uma maneira eficaz e segura de fazer backup das mesmas, principalmente quando elas são utilizadas como ambiente de testes.

Você deve estar imaginando que clonar uma máquina seria simples, pois bastaria dar um Ctrl+c no arquivo original e um Ctrl+v para colar e, assim, teríamos dois arquivos com o mesmo conteúdo, ou seja, um backup da mesma. Pois é, se você fizer isso, a sua cópia não irá rodar no VirtualBox.

Isso ocorre porque cada disco virtual criado recebe um número de identificação (UUID) específico, o qual é armazenado dentro da própria imagem do disco. O VirtualBox somente carrega discos virtuais unitários, o que significa que se você usou a técnica Ctrl+c/Ctrl+v, você terá criado uma cópia com o mesmo UUID do disco original e, portanto, o VirtualBox se recusará a carregar uma das imagens.

Para poder realizar uma clonagem de um disco virtual, o VirtualBox disponibiliza o utilitário VBoxManage, o qual possui diversas funcionalidades, e é chamado por meio da linha de comando. Para clonar um disco virtual você deverá seguir os seguintes passos:

1. acesse a pasta do VirtualBox com o comando no terminal:

cd /home/seu_login/.VirtualBox/HardDisks

2. chame o programa VBoxManage seguido dos parâmentros necessários:

VBoxManage clonehd nome_disco_a_ser_clonado nome_do_clone

No meu caso, se eu desejar clonar meu disco virtual do Windows XP, os comandos seriam:

cd /home/trinity/.VirtualBox/HardDisks
VBoxManage clonehd WinXP.vdi WinXP_backup.vdi

Note que:

VBoxManage = nome do utilitário
clonehd = tarefa (copiar o hd)
WinXP.vdi = nome do meu disco virtual que desejo clonar
WinXP_backup.vdi = nome que será dado ao clone

Assim que o disco começar a ser clonado, você poderá acompanhar o seu andamento pelo próprio terminal por meio da indicação da porcentagem de trabalho concluído. Ao terminar, vá até a pasta onde os discos são armazenados:

/home/seu_login/.VirtualBox/HardDisks

Nota: para visualizar qualquer pasta ou arquivo que comece com ".", como em .VirtualBox, pressione Ctrl+h, pois esses arquivos/pastas são ocultos.

Perceba que um novo arquivo foi criado com o nome especificado nos parâmetros. Note também que o tamanho desse arquivo é exatamente o mesmo do disco virtual que foi clonado, pois trata-se de uma cópia fiel do mesmo (com todos os programas e configurações existentes quando do início da clonagem), mas possuindo um UUID diferente.

18 agosto, 2009

Migração para ambiente Linux

Talvez você já tenha se perguntado quais são as vantagens em utilizar o sistema operacional Linux em detrimento a outros, em especial, o Windows. Se você é usuário doméstico que usa o PC apenas para jogar, realmente não faz sentido migrar para Linux, visto que a esmagadora maioria dos jogos é lançada em versões apenas para Windows, embora existam muitos jogos famosos para Linux.

Por outro lado, se você ainda é um usuário doméstico, mas não está preocupado com os jogos "for Windows", ou se usa o computador para trabalho, como no caso das empresas que utilizam apenas os softwares básicos, como editores de textos, planilhas e apresentação, navegadores de internet, leitores de email, a migração para um ambiente Linux seria muito aconselhada, principalmente para empresas, as quais estariam livre das despesas com licença de sofwares e, também, das ameças da intenet, como vírus.

Pelo fato do Windows ser um software pago, a maioria dos usuários de pc, pelo menos no Brasil, acaba por utilizar cópias piratas, ou melhor, não licenciadas, desse sistema. Algumas empresas também acabam por fazer o mesmo e, quando descobertas, recebem multas elevadas. Como poderíamos evitar o uso de software pirata e, ao mesmo tempo, obter um sistema seguro, estável, compatível com todas as aplicações e, o melhor, gratuito?

O Windows dominou, e ainda domina, a grande maioria dos computadores espalhados pelo mundo, exceto quando estamos falando de servidores. Entretanto, do início dos anos 90 para cá, o Linux vem ganhando mercado, sendo instalado em milhares de computadores domésticos e corporativos. Não devemos deixar de lembrar que seu início foi um tanto quanto conturbado, pois sua instalação era mais complicada que a do Windows e, além disso, faltavam vários drivers de dispositivos, o que, somados, acabavam por afastar novos usuários que primavam pela facilidade de uso.

Esse cenário mudou com o surgimento de distribuições que nasceram especificamente para uso Desktop. As principais delas, Mandriva, OpenSuse, Big Linux, Fedora e, como não podia deixar de faltar, o Ubuntu, são de fácil e rápida instalação, automatização de procedimentos como procurar e instalar plugins (principalmente os multimídias) e seu download é rápido, pois geralmente elas cabem em apenas um CD.

Como toda mudança implica em novo aprendizado, a imposição da migração para Linux nem sempre é bem vista. Já ouvi diversas pessoas falando que usar o Linux é complicado, que o sistema não funciona direito, etc. Por outro lado, também vi pessoas que aprenderam informática usando o Linux e, quando usaram o Windows pela primeira vez, disseram o mesmo que os usuários que haviam migrado para o Linux, só que em relação ao Windows e com algumas ressalvas a mais: "esse sistema é ruim; não posso fazer nada com ele; só dá para mudar a cor do tema; esse sistema vive travando; etc".

Migrar para Linux envolve novo aprendizado, assim como migrar para Windows também. O mais engraçado é que se ouvem menos reclamações quando usuários migram para o sistema da Apple, o MacOS. Provavelmente deverá ser por conta do falso "status" que possuem os usuários de Mac, pois a base dos sistemas é exatamente a mesma: o UNIX. Se você tem problema com linhas de comando, terá tanto no MacOS como no Linux. O que as pessoas não compreendem é que a linha de comando te permite fazer praticamente qualquer coisa no sistema, mas as tarefas rotineiras são realizadas normalmente no ambiente gráfico.

Além disso, ao migrar de sistema, migra-se também de softwares básicos. Com isso, as pessoas ficam perdidas achando que irão conseguir instalar um programa Windows no Linux. Na verdade, a versatilidade do Linux está exatamente ai. Você até consegue rodar programas Windows em Linux, basta possuir instalado o WINE. Agora, tente o inverso e veja no que dá! Indo mais além, tente rodar um programa Windows no Mac... também não funcionará. Cada sistema tem seus aplicativos, muitos com versões para diversos sitemas operacionais, como o Skype, o Firefox, o OpenOffice, Acrobat Reader, etc. Poderia listar aqui uma dezena deles, mas fugiria do tema do artigo.

Outro ponto que os usuários não compreendem é o fato de que a cada lançamento de uma nova versão do Windows, mais máquina é preciso para rodá-lo. Quando lançaram o Windows XP, o mínimo de RAM necessária para rodar o sistema era igual a 256 Mb, mas a Microsoft recomendava o uso de 512 Mb, isso numa época em que a maioria dos pcs em uso possuiam entre 128 e 256 Mb. Ou seja, quem quisesse usar o novo sistema teria que comprar um pc novo ou fazer um upgrade do antigo, acumulando mais gastos. Surge então o Vista (um dos maiores erros da Microsoft sob meu ponto de vista). Apesar da interface gráfica bonitinha, o mínimo de RAM era igua a 512 Mb, com uma recomendação de pelo menos 1 Gb. Mais uma vez a Microsoft força mudanças de hardware por causa do seu software.

Em contrapartida, qualquer distribuição Linux consome menos recursos que qualquer Windows, o que permite uma inicialização extremamente rápida. Além disso, as últimas versões do Ubuntu (9.04 e em breve a 9.10) possuem boot de segundos.


Como podemos ver, mesmo de forma resumida, existem muitos lados positivos ao se migrar para Linux. Mas não se esqueça, se você é preguiçoso e não gosta de aprender nada, pode continuar no Windows...

Equivalência de softwares

Um dos principais incômodos aos usuários que migram de ambientes Windows para Linux não é o sistema operacional em si, mas os softwares para a realização de tarefas específicas, como edição de vídeos, músicas e imagens, formatação e edição de textos, planilhas e apresentações, criação de imagens, etc.

Já ouvi muitos usuários que migraram do Windows para o Linux reclamarem que o Linux é um porcaria e, por conseguinte, retornaram ao Windows. Em primeiro lugar, precisamos deixar algumas coisas bem claras:

1. Para o usuário, tanto faz qual é o sistema operacional, o que importa é quais são os softwares que rodam nele. Portanto, verifique se o seu software de uso crítico possui uma versão para Linux antes de migrar;

2. O Linux é, e sempre será, mais seguro que o Windows, pois o Windows é projetado para ser vulnerável, pois assim as empresas de segurança (antivírus, firewall, etc.) podem existir e empregar milhares de pessoas;

Para diminuir algumas dúvidas de usuários quanto aos softwares equivaletes em Windows, produzi esta lista de programas Windows com seus respectivos equivalentes em Linux. Não tecerei comentários a respeito da qualidade de cada programa, visto que não utilizo alguns deles e seria um contrassenso fazê-lo. Bom proveito!

1. Criação e Edição de Imagens

Corel Draw: existem algumas opções ao uso do Corel Draw no universo Linux. O primeiro deles é o Xara LX: gratuito

A sua segunda opção é o InkScape: gratuito


Como alternativas ao famoso Photoshop, apesar de algumas versões do mesmo rodarem sob Wine, temos o GIMP, o qual também possui uma versão para Windows: gratuito


Para a criação de imagens em 3D, como as do 3D-Studio, temos programas valiosos em Linux, muitos utilizados em diversos filmes de animação gráfica de Hollywood :

Maya: um dos mais populares software da Autodesk, embora seja pago.


Blender: possui tudo o que o 3D-Studio tem, sendo um dos seus principais concorrentes. gratuito


2. Edição de Vídeos

Para edição de vídeos, você poderá escolher entre:

Avidemux gratuito


KDEnlive: semelhante ao Windows Movie Maker. gratuito


3. Edição de Áudio

Para edição de áudio, você poderá utilizar alguns programas como o Audacity, que além de editor, também é um gravador. O mesmo também possui uma versão para Windows. gratuito


Outra boa opção é o Jokosher: gratuito


Para converter entre diferentes formatos de áudio, você tem a sua disposição o SoudKoverter: gratuito


4. Suite de Escritório

Para quem acha que existe somente o Microsoft Office sob a superfície da Terra, o OpenOffice faz muito bem seu papel. Possui versões para Mac, Windows e, lógico, para Linux. Aliás, já vem instalado por default em muitas distribuições Linux e Unix. No momento, a versão atual é a 3.0 e possui suporte a diversos idiomas, incluindo o português do Brasil, com um plugin das novas regras ortográficas. E o melhor de tudo: é gratuito. Bem diferente dos R$ 700,00 do Microsoft Office. Já imaginou o gasto de uma empresa com 30 computadores, cada um usando um Microsoft Office original? O custo para a mesma empresa, caso usasse o OpenOffice seri igual a R$ 0,00!


É claro que a lista não pára por ai. Caso você esteja pensando em migrar de sistema operacional, verifique os softwares de uso crítico:

  • se existe uma versão Linux deles;
  • se não existir, se podem ser substituídos por outros;
  • se não puderem, verifique se o mesmo roda por meio do Wine

Enfim, o Linux é uma plataforma. O que você realmente precisa para produção são softwares para rodar nessa plataforma. Saber quais são seus equivalentes é apenas o primeiro passo. Pense na redução de custos de sua empresa.