22 agosto, 2009

Estudo de caso: cortando custos

Esse artigo é dedicado inteiramente aos profissionais da área de administração de empresas ou, mais diretamente, aos próprios empresários. Resolvi abordar o tema pois ainda não vi nenhum artigo na internet que faça o mesmo (mas, é lógico que devem existir aos montes).

Imagine um novo empreendedor, tipicamente brasileiro. Vamos chama-lo de Frederico, ou simplesmente, Fred. Ele não é um profundo conhecedor de informática, mas vira-se muito bem com as tarefas comuns à maioria dos usuários: envia e recebe emails, acessa sites de bancos para fazer pagamentos, utiliza programas de escritórios com destreza, como o Word e o Excell.

Fred possui um capital de R$ 100.000,00 que obteve com a venda de um apartamento que estava em seu nome, herdado de seu pai, já falecido. Fred decide montar uma empresa de vendas. Ao planejar sua empresa, Fred percebe que irá precisar, inicialmente, de 10 microcomputadores e, sabendo que deverá usar apenas softwares originais na empresa, decide pesquisar qual será o investimento inicial em apenas dois deles: o sistema operacional e um pacote Office. A relação abaixo foi produzida por Fred e mostra os valores médios encontrados por sua pesquisa:

Windows Vista Home Basic----------------------- R$ 350,00
Windows Vista Home Premium----------------- R$ 450,00
Windows Vista Business Full--------------------- R$ 700,00
Windows Vista Ultimate---------------------------- R$ 900,00
Windows XP Professional-------------------------- R$ 500,00

Office 2007 Standart Full-------------------------- R$ 1.100,00

Avaliando as possibilidades, Fred fica em dúvida entre o Vista Business Full e Windows XP, mas opta pelo segundo que, embora já defasado em relação aos dois novos sistemas da Microsoft (Vista e Windows 7, este último não relacionado acima), atenderia bem suas necessidades e com um custo significativamente menor. Como sempre utilizou o Microsoft Office, não se vê com opções de escolha. Dessa forma, multiplicando-se os valores de cada software por 10, Fred percebe que o investimento será de R$16.000,00, ou seja, 16% do seu capital inicial será utilizado penas em softwares básicos, sem contar o valor dos computadores propriamente ditos.

Assustado com o alto valor, Fred procura um amigo que é analista de sistemas para pedir ajuda. Vitor, o amigo analista, conta a Fred sobre os softwares livres. Assim, Fred descobre que pode economizar integralmente os R$ 16.000,00 que iria gastar, caso utilize soluções de software livre, como o Linux e o OpenOffice. Esses R$ 16.000,00 poderiam, então, ser utilizados de diversas maneiras, como manter um capital de segurança, investir em publicidade, investir no treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários, entre outros.

Ao inaugurar a empresa, os funcionários contratados deparam-se com compudores rodando o sistema operacional Linux, mais especificamente com a distribuição Ubuntu, que é uma das mais fáceis de utilizar. Como pacote de escritório, Fred optou pela instalação do OpenOffice 3.0, que supre não somente as necessidades de escritório convencionais, como também já vem com o recurso de salvar em PDF por default.

Obviamente, houve muita resistência dos funcionários ao novo sistema operacional, pois nunca haviam lidado com ele antes. Como todo administrador sabe, uma das características do ser humano é resistir a mudanças, visto que isto implica em um novo aprendizado, o que consome, além da paciência, muita energia.

Com o passar do tempo, os funcionários perceberam as vantagens do Linux sobre o Windows. Ele em momento algum travou, nem ficou lento com a instalação de novos programas. Adoraram a ideia de não existir vírus, o que os deixava mais seguros. Acabaram, obviamente, descobrindo que o seu funcionamento é tão simples quanto o do Windows e, em determinadas situações, até mesmo mais simples. Além disso, ao conhecerem os efeitos visuais do Compiz/Fusion, como o cubo 3D e as janelas gelatinosas, perceberam que o visual do Linux é o melhor que existe entre todos os sistemas operacionais e que o "efeito aero" do Windows Vista é apenas uma brinadeirinha de criança.

A empresa cresceu e, em pouco tempo, já haviam 30 computadores. A inserção desses 20 novos computadores teve um custo R$ 32.000,00 menor do que seria esperado se rodassem Windows XP com o pacote Microsoft Office. No total, a empresa já havia economizado R$ 48.000,00 em softwares básicos, ou seja, quase a metade capital financeiro disponível para ser investido na empresa em seu início.

Na empresa de Fred, não há necessidade de antivírus, pois o Linux não está ameaçado por esse tipo de problema. Dessa forma, se formos somar o custo de 30 softwares antivirus, como o Norton, por exemplo, ao preço de R$ 50,00 por estação de trabalho, a empresa ainda teria desembolsado R$ 1.500,00. Isso sem levar em conta que o antivírus tornaria os computadores mais lentos, o que obviamente tornaria todo o volume de trabalho da empresa também mais lento.

Com o passar do tempo, tanto Fred como os demais funcionários da empresa começaram a conhecer todo o poder do Linux. Descobriram que alguns softwares for Windows poderiam ser rodados no Linux por meio do Wine. Descobriram milhares de softwares gratuitos e que poderiam ser instalados diretamente da internet, sem maiores dificuldades.

Moral da história: por mais que haja uma resistência inicial à adesão do Linux, o que é natural, pois toda transição é complicada, as vantagens não residem apenas numa enorme economia no investimento inicial, mas também na segurança do sistema, em sua operabilidade e versatilidade.

Portanto, fica aqui uma dica: "Reveja e projete suas necessidades, pesquise suas aplicações críticas, estude as soluções de software livre para elas. Use e estimule o uso desses softwares, pois somente dessa forma as empresas e as pessoas serão livres para produzir o seu trabalho".

19 agosto, 2009

Um pouco de segurança para seu SO no VirtualBox

Mesmo para um usuário doméstico, um pouco de segurança cai bem. Se não fosse assim, ninguém se preocuparia em instalar um antivírus e, para os mais sabixões, um firewall. Todavia, quando estamos lidando com sistemas de uma empresa, todo cuidado é necessário, e vai desde evitar a perda de dados, pelo "falecimento" de um HD, utilizando um sistema RAID, até a uma implementação de um sistema de segurança para sistemas virtualizados que, por serem relativamente recentes, existe um temor natural de que algo possa fugir do controle dos administradores.

Se você é um usuário doméstico, ou mesmo um administrador de sistemas virtualizados de uma empresa, sempre é bom tomar um pouco de cuidado com a possibilidade de perda de dados. Se o seu caso é o primeiro, você já imaginou perder diversos trabalhos que estava em um sistema virtualizado pois você esqueceu de fazer backup deles (isso seria muito comum, pois quem iria se lembrar de que parte dos seus arquivos estão dentro de uma VM) :-(
Ok, ok, isso é por experiência própria!

Vamos aprender a criar snapshots de seu sistema virtualizado com o VirtualBox. Um snapshot funciona como se fosse uma imagem congelada do seu sistema em um determinado momento. Isso é muito útil se você deseja fazer um teste desconhecido que pode danificar o seu sistema. Se der algum problema, você poderá recuperar o seu sistema operacional da forma como ele estava no momento de criação do snapshot, ou seja, tudo volta a ser como era antes.

Para realizar essa tarefa, abra o VirtualBox, selecione qual será o sistema que você deseja criar um snapshot e, a seguir, entre na guia Snapshots, que está localizada a direira na janela principal do programa: (obs.: não carregue o sistema)

Clique no botão "Criar snapshot". A partir desse momento você terá um estado congelado do seu disco que poderá ser usado para recuperar o estado da sua VM a qualquer momento, retornando como era antes.

Caso seja necessário usar esse snapshot, basta clicar no botão ao lado do usado para criar o snapshot. Se você pousar o mouse sobre ele, você verá a indicação "Reverte o estado para o snapshot atual". Pronto, fim dos seus problemas.

Até a próxima.

Como criar clones de suas máquinas virtuais com o VirtualBox

Clonar suas máquinas virtuais pode ser útil não apenas quando se deseja criar várias máquinas virtuais pré-configuradas a partir de uma única instalação. Acima de tudo, clonar suas máquinas virtuais é uma maneira eficaz e segura de fazer backup das mesmas, principalmente quando elas são utilizadas como ambiente de testes.

Você deve estar imaginando que clonar uma máquina seria simples, pois bastaria dar um Ctrl+c no arquivo original e um Ctrl+v para colar e, assim, teríamos dois arquivos com o mesmo conteúdo, ou seja, um backup da mesma. Pois é, se você fizer isso, a sua cópia não irá rodar no VirtualBox.

Isso ocorre porque cada disco virtual criado recebe um número de identificação (UUID) específico, o qual é armazenado dentro da própria imagem do disco. O VirtualBox somente carrega discos virtuais unitários, o que significa que se você usou a técnica Ctrl+c/Ctrl+v, você terá criado uma cópia com o mesmo UUID do disco original e, portanto, o VirtualBox se recusará a carregar uma das imagens.

Para poder realizar uma clonagem de um disco virtual, o VirtualBox disponibiliza o utilitário VBoxManage, o qual possui diversas funcionalidades, e é chamado por meio da linha de comando. Para clonar um disco virtual você deverá seguir os seguintes passos:

1. acesse a pasta do VirtualBox com o comando no terminal:

cd /home/seu_login/.VirtualBox/HardDisks

2. chame o programa VBoxManage seguido dos parâmentros necessários:

VBoxManage clonehd nome_disco_a_ser_clonado nome_do_clone

No meu caso, se eu desejar clonar meu disco virtual do Windows XP, os comandos seriam:

cd /home/trinity/.VirtualBox/HardDisks
VBoxManage clonehd WinXP.vdi WinXP_backup.vdi

Note que:

VBoxManage = nome do utilitário
clonehd = tarefa (copiar o hd)
WinXP.vdi = nome do meu disco virtual que desejo clonar
WinXP_backup.vdi = nome que será dado ao clone

Assim que o disco começar a ser clonado, você poderá acompanhar o seu andamento pelo próprio terminal por meio da indicação da porcentagem de trabalho concluído. Ao terminar, vá até a pasta onde os discos são armazenados:

/home/seu_login/.VirtualBox/HardDisks

Nota: para visualizar qualquer pasta ou arquivo que comece com ".", como em .VirtualBox, pressione Ctrl+h, pois esses arquivos/pastas são ocultos.

Perceba que um novo arquivo foi criado com o nome especificado nos parâmetros. Note também que o tamanho desse arquivo é exatamente o mesmo do disco virtual que foi clonado, pois trata-se de uma cópia fiel do mesmo (com todos os programas e configurações existentes quando do início da clonagem), mas possuindo um UUID diferente.

18 agosto, 2009

Migração para ambiente Linux

Talvez você já tenha se perguntado quais são as vantagens em utilizar o sistema operacional Linux em detrimento a outros, em especial, o Windows. Se você é usuário doméstico que usa o PC apenas para jogar, realmente não faz sentido migrar para Linux, visto que a esmagadora maioria dos jogos é lançada em versões apenas para Windows, embora existam muitos jogos famosos para Linux.

Por outro lado, se você ainda é um usuário doméstico, mas não está preocupado com os jogos "for Windows", ou se usa o computador para trabalho, como no caso das empresas que utilizam apenas os softwares básicos, como editores de textos, planilhas e apresentação, navegadores de internet, leitores de email, a migração para um ambiente Linux seria muito aconselhada, principalmente para empresas, as quais estariam livre das despesas com licença de sofwares e, também, das ameças da intenet, como vírus.

Pelo fato do Windows ser um software pago, a maioria dos usuários de pc, pelo menos no Brasil, acaba por utilizar cópias piratas, ou melhor, não licenciadas, desse sistema. Algumas empresas também acabam por fazer o mesmo e, quando descobertas, recebem multas elevadas. Como poderíamos evitar o uso de software pirata e, ao mesmo tempo, obter um sistema seguro, estável, compatível com todas as aplicações e, o melhor, gratuito?

O Windows dominou, e ainda domina, a grande maioria dos computadores espalhados pelo mundo, exceto quando estamos falando de servidores. Entretanto, do início dos anos 90 para cá, o Linux vem ganhando mercado, sendo instalado em milhares de computadores domésticos e corporativos. Não devemos deixar de lembrar que seu início foi um tanto quanto conturbado, pois sua instalação era mais complicada que a do Windows e, além disso, faltavam vários drivers de dispositivos, o que, somados, acabavam por afastar novos usuários que primavam pela facilidade de uso.

Esse cenário mudou com o surgimento de distribuições que nasceram especificamente para uso Desktop. As principais delas, Mandriva, OpenSuse, Big Linux, Fedora e, como não podia deixar de faltar, o Ubuntu, são de fácil e rápida instalação, automatização de procedimentos como procurar e instalar plugins (principalmente os multimídias) e seu download é rápido, pois geralmente elas cabem em apenas um CD.

Como toda mudança implica em novo aprendizado, a imposição da migração para Linux nem sempre é bem vista. Já ouvi diversas pessoas falando que usar o Linux é complicado, que o sistema não funciona direito, etc. Por outro lado, também vi pessoas que aprenderam informática usando o Linux e, quando usaram o Windows pela primeira vez, disseram o mesmo que os usuários que haviam migrado para o Linux, só que em relação ao Windows e com algumas ressalvas a mais: "esse sistema é ruim; não posso fazer nada com ele; só dá para mudar a cor do tema; esse sistema vive travando; etc".

Migrar para Linux envolve novo aprendizado, assim como migrar para Windows também. O mais engraçado é que se ouvem menos reclamações quando usuários migram para o sistema da Apple, o MacOS. Provavelmente deverá ser por conta do falso "status" que possuem os usuários de Mac, pois a base dos sistemas é exatamente a mesma: o UNIX. Se você tem problema com linhas de comando, terá tanto no MacOS como no Linux. O que as pessoas não compreendem é que a linha de comando te permite fazer praticamente qualquer coisa no sistema, mas as tarefas rotineiras são realizadas normalmente no ambiente gráfico.

Além disso, ao migrar de sistema, migra-se também de softwares básicos. Com isso, as pessoas ficam perdidas achando que irão conseguir instalar um programa Windows no Linux. Na verdade, a versatilidade do Linux está exatamente ai. Você até consegue rodar programas Windows em Linux, basta possuir instalado o WINE. Agora, tente o inverso e veja no que dá! Indo mais além, tente rodar um programa Windows no Mac... também não funcionará. Cada sistema tem seus aplicativos, muitos com versões para diversos sitemas operacionais, como o Skype, o Firefox, o OpenOffice, Acrobat Reader, etc. Poderia listar aqui uma dezena deles, mas fugiria do tema do artigo.

Outro ponto que os usuários não compreendem é o fato de que a cada lançamento de uma nova versão do Windows, mais máquina é preciso para rodá-lo. Quando lançaram o Windows XP, o mínimo de RAM necessária para rodar o sistema era igual a 256 Mb, mas a Microsoft recomendava o uso de 512 Mb, isso numa época em que a maioria dos pcs em uso possuiam entre 128 e 256 Mb. Ou seja, quem quisesse usar o novo sistema teria que comprar um pc novo ou fazer um upgrade do antigo, acumulando mais gastos. Surge então o Vista (um dos maiores erros da Microsoft sob meu ponto de vista). Apesar da interface gráfica bonitinha, o mínimo de RAM era igua a 512 Mb, com uma recomendação de pelo menos 1 Gb. Mais uma vez a Microsoft força mudanças de hardware por causa do seu software.

Em contrapartida, qualquer distribuição Linux consome menos recursos que qualquer Windows, o que permite uma inicialização extremamente rápida. Além disso, as últimas versões do Ubuntu (9.04 e em breve a 9.10) possuem boot de segundos.


Como podemos ver, mesmo de forma resumida, existem muitos lados positivos ao se migrar para Linux. Mas não se esqueça, se você é preguiçoso e não gosta de aprender nada, pode continuar no Windows...

Equivalência de softwares

Um dos principais incômodos aos usuários que migram de ambientes Windows para Linux não é o sistema operacional em si, mas os softwares para a realização de tarefas específicas, como edição de vídeos, músicas e imagens, formatação e edição de textos, planilhas e apresentações, criação de imagens, etc.

Já ouvi muitos usuários que migraram do Windows para o Linux reclamarem que o Linux é um porcaria e, por conseguinte, retornaram ao Windows. Em primeiro lugar, precisamos deixar algumas coisas bem claras:

1. Para o usuário, tanto faz qual é o sistema operacional, o que importa é quais são os softwares que rodam nele. Portanto, verifique se o seu software de uso crítico possui uma versão para Linux antes de migrar;

2. O Linux é, e sempre será, mais seguro que o Windows, pois o Windows é projetado para ser vulnerável, pois assim as empresas de segurança (antivírus, firewall, etc.) podem existir e empregar milhares de pessoas;

Para diminuir algumas dúvidas de usuários quanto aos softwares equivaletes em Windows, produzi esta lista de programas Windows com seus respectivos equivalentes em Linux. Não tecerei comentários a respeito da qualidade de cada programa, visto que não utilizo alguns deles e seria um contrassenso fazê-lo. Bom proveito!

1. Criação e Edição de Imagens

Corel Draw: existem algumas opções ao uso do Corel Draw no universo Linux. O primeiro deles é o Xara LX: gratuito

A sua segunda opção é o InkScape: gratuito


Como alternativas ao famoso Photoshop, apesar de algumas versões do mesmo rodarem sob Wine, temos o GIMP, o qual também possui uma versão para Windows: gratuito


Para a criação de imagens em 3D, como as do 3D-Studio, temos programas valiosos em Linux, muitos utilizados em diversos filmes de animação gráfica de Hollywood :

Maya: um dos mais populares software da Autodesk, embora seja pago.


Blender: possui tudo o que o 3D-Studio tem, sendo um dos seus principais concorrentes. gratuito


2. Edição de Vídeos

Para edição de vídeos, você poderá escolher entre:

Avidemux gratuito


KDEnlive: semelhante ao Windows Movie Maker. gratuito


3. Edição de Áudio

Para edição de áudio, você poderá utilizar alguns programas como o Audacity, que além de editor, também é um gravador. O mesmo também possui uma versão para Windows. gratuito


Outra boa opção é o Jokosher: gratuito


Para converter entre diferentes formatos de áudio, você tem a sua disposição o SoudKoverter: gratuito


4. Suite de Escritório

Para quem acha que existe somente o Microsoft Office sob a superfície da Terra, o OpenOffice faz muito bem seu papel. Possui versões para Mac, Windows e, lógico, para Linux. Aliás, já vem instalado por default em muitas distribuições Linux e Unix. No momento, a versão atual é a 3.0 e possui suporte a diversos idiomas, incluindo o português do Brasil, com um plugin das novas regras ortográficas. E o melhor de tudo: é gratuito. Bem diferente dos R$ 700,00 do Microsoft Office. Já imaginou o gasto de uma empresa com 30 computadores, cada um usando um Microsoft Office original? O custo para a mesma empresa, caso usasse o OpenOffice seri igual a R$ 0,00!


É claro que a lista não pára por ai. Caso você esteja pensando em migrar de sistema operacional, verifique os softwares de uso crítico:

  • se existe uma versão Linux deles;
  • se não existir, se podem ser substituídos por outros;
  • se não puderem, verifique se o mesmo roda por meio do Wine

Enfim, o Linux é uma plataforma. O que você realmente precisa para produção são softwares para rodar nessa plataforma. Saber quais são seus equivalentes é apenas o primeiro passo. Pense na redução de custos de sua empresa.

17 agosto, 2009

5 programas que não podem faltar em seu Linux

Um dos principais problemas enfrentados pelos usuários Linux, principalmente aqueles que migraram de outros sistemas operacionais como o Windows, está em descobrir quais são os programas que fazem no Linux aquelas tarefas no Windows. As vezes, muitos usuários deixam de utilizar o Linux por não saber quais programas ajustam-se às suas necessidades.

Para facilitar a vida dos usuários iniciantes, resolvi criar uma lista com os 5 principais programas que devem ser instalados no linux para realizar tarefas básicas. Como será visto, não inclui aqui o OpenOffice, um conjuto de programas para escritório semelhante ao Office da Microsoft, com seu famoso Word, Excell, etc. Logo publicarei um artigo tratando apenas dessa suíte de programas.


1. Ouvido suas músicas com o Amarok


Embora o Ubuntu já venha com um tocador de MP3 por default, o Rhytmbox, o Amarok é reconhecidamente um dos melhores programas para ouvir músicas. Ele conta com algumas coisinhas legais, como buscar e mostrar a letra da música que está tocando, dentro da própria janela do programa. Basta mudar de música que ele irá procurar automaticamente a letra da nova música. Além disso, conta com skins para personalização.

Para instala-lo, basta ir ao Gerenciador de Pacotes e digitar Amarok:

Sistema > Admnistração > Gerenciador de Pacotes Synaptic.

Marque o programa (marcar para instalação) e clique em aplicar. Pronto, o Amarok estará disponível em Programas > Multimídia > Amarok.


2. Assistindo vídeos no Totem


O Totem é apenas um dos muitos players de vídeos de qualidade para Linux, entretanto, destaca-se pela sua simplicidade e leveza. O programa consome pouca memória e abre rápido. Muitas distribuições linux o oferecem por default, como no caso do Ubuntu, por exemplo. Por meio dele, também é possível ouvir música em qualuqer formato. Caso você tenha baixado algum vídeo do Youtube, o formato .flv também é suportado.


3. Comunicando-se gratuitamente com o Skype


O Skype é o programa VoIP (Voice on IP - Voz sob IP) mais popular. É gratuito e suas ligações também são (apenas entre PCs). Caso deseje ligar para telefones fixos ou celulares (local, DDD, ou DDI), você pode comprar créditos no site do programa e fazê-las a um custo muito mais baixo do que o cobrado por operadoras convencionais. Além disso, o programa permite o uso de webcam e conversa via texto, além de chamadas em reunião com diversos participantes, o que é realmente importante para empresas, por exemplo.

O programa pode ser baixado no site www.skype.com. Você pode escolher em qual formato baixar o programa. Eu sugiro o formato .deb, pois é de fácil instalação. Para utilizar o programa, basta criar uma nova conta e adicionar os contatos.

Obs.: a qualidade da ligação e do vídeo estão diretamente relacionadas a qualidade da sua conexão com a internet.


4. Gravando CDs e DVDs com o K3B


O K3B é o mais popular dos programas para gravação de CD e DVD no universo Linux. Embora não venha instalado por default no Ubuntu, o mesmo pode ser instalado pelo Gerenciador de Pacotes Synaptic.

Nele encontramos diversas opções de gravação, desde criar um disco botável, até ripagem de CDs e DVDs. Um ótimo programa para quem está acostumado com o Nero.


5. Criando um álbum de fotografias com o Picasa


O pessoal do Google não dorme em serviço! O Picasa é um programa gratuito oferecido pelo pessoal do famoso buscador da internet (o oráculo do século XXI :-P) no qual você não apenas visualiza suas fotos, mas também as modifica. O Picasa permite que você faça ajustes nas imagens de forma bem simples, sem a necessidade de programas como o Photoshop ou conhecimentos sobre edição de imagens.

O programa pode ser baixado pelo site http://picasa.google.com.br/linux. Escolha o formato de acordo com sua distribuição:

.deb - distribuições derivadas do Debian, como o Ubuntu
.rpm - distribuições derivadas do Red Hat, como Fedora, Suse, Mandriva

Bom, por hora é só. Até a próxima.

07 agosto, 2009

Compartlhando pastas entre diversos usuários em um mesmo pc utilizando Linux

Família grande? Apenas um único computador em casa? Se você respondeu sim às duas questões anteriores, então sabe a bagunça que o seu computador deve estar.

Organizar o espaço de trabalho individual não é apenas uma questão de "higiene virtual", mas acima de tudo, uma questão de segurança. Já imaginou aquele seu relatório da empresa que demorou uma semana para ser concluído desaparecendo quando seu "pequeno" descobre a relação fatal entre o botão DEL e o comando "esvaziar lixeira"... Ou então ter que aguentar sua filha adolescente reclamando dos trabalhos escolares das músicas dela que desapareceram ... Melhor nem pensar nessas coisas :-P

Vamos aprender como criar usuários, dizer o que cada um deles pode ou não fazer, e criar uma ligação entre eles.

1. Criando usuários

Para criar um novo usuário vá em Sistema > Administração > Usuários e grupos. A seguinte janela será aberta:


Clique em "Desbloquear" e entre com a sua senha (somente para administradores do sistema). Ao entrar com sua senha, você passa a possuir privilégios de superusuário (root), podendo criar, excluir, editar, tanto usuários como grupos. Clique em "Adicionar usuário". A seguinte janela será exibida:

Nessa guia, defina o nome do usuário (o qual será utilizado pelo mesmo para fazer login) e o perfil do mesmo. Nesse ponto devemos tomar um pouco de cuidado. Se você escolher a opção "Aministrador", o usuário que está sendo criado terá todos os poderes do sistema, inclusive este de criar e excluir usuários. Ele terá acesso total ao seu sistema, o que não é muito desejável nesse caso. Escolha a opção "Desktop user", que é default, e defina uma senha para ele (a senha poderá ser modifcada pelo usuário posteriormente).

Na guia "Privilégios do usuário", selecione o que ele poderá ou não fazer dentro do sistema. Por exemplo, você pdoerá definir se ele poderá ou não usar uma unidade de CD/DVD, usar o VirtualBox, usar a rede, etc... Escolha as opções que melhor lhe convier.


Clique em OK. O usuário já está disponível no sistema.

2. Criando grupos

Grupos são conjuntos de usuários que possuem privilégios semelhantes para uma determinada tarefa. Vamos imaginar que na sua casa existam 5 pessoas: você, sua esposa (ou seu marido), e 3 filhos. Você armazena todas suas músicas na pasta /home/seu_nome_de_usuário/Músicas. Se criarmos os 5 usuários, provavelmente alguns deles irão fazer download das mesmas músicas da internet, o que ocupa desnecessariamente espaço no disco rígido. Além disso, poderíamos desejar acessar uma pasta que fosse comum a todos os usuários para troca de arquivos, quando necessário.

Para evitar esse tipo de problema vamos criar um grupo chamado "Música". Para isso, vá em Sistema > Administração > Usuários e grupos (o mesmo caminho feito para adicionar um usuário). Desbloqueie o aplicativo e clique em "Gerenciar grupos". A janela que aparecerá lista todos os grupos existentes em seu sistema:


Clique em "Adicionar grupo" e crie um grupo chamado "Música" e marque os usuários que terão acesso à ele:


Pronto, criamos um grupo chamado Música. Acontece que esse grupo pertence ao usuário que o criou e somente ele tem acesso. Vamos então arrumar essas coisinhas...

3. Configurando as permissões do grupo

Para configurar as pemissões do grupo precisamos utilizar apenas dois comandos. Abra o terminal: Aplicativos > Acessórios > Console e digite:

chown -R nome_do_dono:nome_do_grupo /home/trinity/Música

o que no meu caso seria:

chown -R trinity:Música /home/trinity/Música

O comando "chown" transfere a posse do grupo, que nesse caso vai de trinity para o grupo Música. O -R faz com isso ocorra de forma recursiva, ou seja, ocorra para todos os arquivos e sub-diretórios localizados dentro desse diretório. O "trinity" é o dono do grupo e que será passado para "Música". Por final, indicamos o caminho do diretório que desejamos que seja de acesso do grupo.

Logo a seguir, digite o comando:

chmod -R 775 /home/trinity/Música


Este comando (chmod) muda as permissões do diretório. O -R diz que será aplicado de modo recursivo, como já explicado acima. O valor 775 indica as permissões para o dono, para o grupo e para outros, nessa exata ordem. Portanto, o dono do diretório tem acesso valendo 7, o grupo tem acesso 7 e outros tem acesso 5. Vamos ver o que isso significa.

Cada um desses números indicam a soma das permissões desejadas, sendo:

4: permissão para leitura
2: permissão para escrita
1: permissão para execussão / listagem

Assim, o usuário que possui permissão 7 tem, na verdade, acesso total à pasta ou arquivo, pois o 7 é a soma de todas as permissões (4 + 2 +1). Portanto, o dono do diretório e o grupo (os dois primeiros 7) tem acesso total ao diretório /home/trinity/Música, mas os outros usuários tem acesso apenas a leitura e execussão / listagem (4 + 1).

Com isso realizado, os outros usuários pertencentes ao grupo podem agora fazer login e compartilhar as músicas (ou qualquer outro arquivo) que esteja na pasta /home/trinity/Música. Para verificar, faça login como um dos usuários pertecentes ao grupo (que não seja o dono). Abra o diretório pessoal e indique o caminho /home/usuário_dono_da_pasta/Música. Tente abrir um arquivo qualquer ou inserir um arquivo qualquer para ver o que acontece.

Até mais!

06 agosto, 2009

Como instalar os adicionais para convidados em uma máquina virtual linux

Em meu artigo "Instalando adicionais para convidados no VirtualBox" mostrei como melhorar a perfomance de uma máquina virtual rodando WindowsXP. Como existe uma pequena diferença entre as instalações desses adicionais entre o XP e distribuições linux, vou mostrar um passo-a-passo de como fazê-lo.

A última versão do VirtualBox (3.0.4) corrigiu alguns bugs, entre eles alguns muito importantes para usuários Linux, como a correção dos aplicativos que utilizam o OpenGL, os quais faziam com que o vídeo perdesse qualidade e apresentasse erros. Além disso, foi também corrigido o suporte a 3D.

Para ilustrar o processo, estou utilizando um host Ubuntu 8.10, VirtualBox versão 3.0.4 e uma máquina virtual Ubuntu 9.10 (versão de teste - Karmic Koala).

Inicie sua máquina virtual Linux e, após completamente carregada, clique em Dispositivos > Instalar adicionais para convidados. Isso carregará o dispositivo no Desktop do usuário da máquina virtual, veja:

Clique no ícone criado e dê dois cliques no arquivo autorun.sh. Entre com sua senha de root e escolha a opção "executar no terminal". O programa iniciará a instalação e você verá a janela a seguir:

Ao concluir a instalação, basta reiniciar sua máquina virtual para que as mudanças sejam aplicadas, como por exemplo a visão full da tela.

Por enquanto é isso. Até a próxima.

01 agosto, 2009

Configurando pastas compartilhadas no VirtualBox

Além dos dispositivos usb (como pen drives), existe um outro modo de realizar transferência de arquivos entre a máquina virtual e o sistema hospedeiro. Pode-se facilmente criar uma pasta compartilhada entre os dois sistemas de forma a transferir arquivos de forma rápida e segura.

Para configurar uma pasta compartilhada, inicie sua máquina virtual. Com ela carregada, clique em Dispositivos > Pastas compartilhadas... A seguinte janela será exibida:

Clique na pasta com a seta verde (no canto direito superior) para adicionar uma nova pasta. A seguir, clique em "Caminho da pasta" e selecione a opção "outro". Marque também a opção tornar permanente.

Crie um nova pasta. Aqui, vou criar uma pasta chamada XP. Clique em OK e vá até sua máquina virtual. Abra o Prompt de comando do DOS e digite:

net use x: \\vboxsvr\xp

Se você escolheu outro nome para sua pasta compartilhada, basta substituir "xp" no final do arquivo pelo nome da sua pasta.

Esse comando irá carregar o compartilhamento da pasta. Vá até "Meu computador" e veja a pasta carregada nele.


Agora é só usar a pasta!

Até a próxima!!!