Esse artigo é dedicado inteiramente aos profissionais da área de administração de empresas ou, mais diretamente, aos próprios empresários. Resolvi abordar o tema pois ainda não vi nenhum artigo na internet que faça o mesmo (mas, é lógico que devem existir aos montes).
Imagine um novo empreendedor, tipicamente brasileiro. Vamos chama-lo de Frederico, ou simplesmente, Fred. Ele não é um profundo conhecedor de informática, mas vira-se muito bem com as tarefas comuns à maioria dos usuários: envia e recebe emails, acessa sites de bancos para fazer pagamentos, utiliza programas de escritórios com destreza, como o Word e o Excell.
Fred possui um capital de R$ 100.000,00 que obteve com a venda de um apartamento que estava em seu nome, herdado de seu pai, já falecido. Fred decide montar uma empresa de vendas. Ao planejar sua empresa, Fred percebe que irá precisar, inicialmente, de 10 microcomputadores e, sabendo que deverá usar apenas softwares originais na empresa, decide pesquisar qual será o investimento inicial em apenas dois deles: o sistema operacional e um pacote Office. A relação abaixo foi produzida por Fred e mostra os valores médios encontrados por sua pesquisa:
Windows Vista Home Basic----------------------- R$ 350,00
Windows Vista Home Premium----------------- R$ 450,00
Windows Vista Business Full--------------------- R$ 700,00
Windows Vista Ultimate---------------------------- R$ 900,00
Windows XP Professional-------------------------- R$ 500,00
Office 2007 Standart Full-------------------------- R$ 1.100,00
Avaliando as possibilidades, Fred fica em dúvida entre o Vista Business Full e Windows XP, mas opta pelo segundo que, embora já defasado em relação aos dois novos sistemas da Microsoft (Vista e Windows 7, este último não relacionado acima), atenderia bem suas necessidades e com um custo significativamente menor. Como sempre utilizou o Microsoft Office, não se vê com opções de escolha. Dessa forma, multiplicando-se os valores de cada software por 10, Fred percebe que o investimento será de R$16.000,00, ou seja, 16% do seu capital inicial será utilizado penas em softwares básicos, sem contar o valor dos computadores propriamente ditos.
Assustado com o alto valor, Fred procura um amigo que é analista de sistemas para pedir ajuda. Vitor, o amigo analista, conta a Fred sobre os softwares livres. Assim, Fred descobre que pode economizar integralmente os R$ 16.000,00 que iria gastar, caso utilize soluções de software livre, como o Linux e o OpenOffice. Esses R$ 16.000,00 poderiam, então, ser utilizados de diversas maneiras, como manter um capital de segurança, investir em publicidade, investir no treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários, entre outros.
Ao inaugurar a empresa, os funcionários contratados deparam-se com compudores rodando o sistema operacional Linux, mais especificamente com a distribuição Ubuntu, que é uma das mais fáceis de utilizar. Como pacote de escritório, Fred optou pela instalação do OpenOffice 3.0, que supre não somente as necessidades de escritório convencionais, como também já vem com o recurso de salvar em PDF por default.
Obviamente, houve muita resistência dos funcionários ao novo sistema operacional, pois nunca haviam lidado com ele antes. Como todo administrador sabe, uma das características do ser humano é resistir a mudanças, visto que isto implica em um novo aprendizado, o que consome, além da paciência, muita energia.
Com o passar do tempo, os funcionários perceberam as vantagens do Linux sobre o Windows. Ele em momento algum travou, nem ficou lento com a instalação de novos programas. Adoraram a ideia de não existir vírus, o que os deixava mais seguros. Acabaram, obviamente, descobrindo que o seu funcionamento é tão simples quanto o do Windows e, em determinadas situações, até mesmo mais simples. Além disso, ao conhecerem os efeitos visuais do Compiz/Fusion, como o cubo 3D e as janelas gelatinosas, perceberam que o visual do Linux é o melhor que existe entre todos os sistemas operacionais e que o "efeito aero" do Windows Vista é apenas uma brinadeirinha de criança.
A empresa cresceu e, em pouco tempo, já haviam 30 computadores. A inserção desses 20 novos computadores teve um custo R$ 32.000,00 menor do que seria esperado se rodassem Windows XP com o pacote Microsoft Office. No total, a empresa já havia economizado R$ 48.000,00 em softwares básicos, ou seja, quase a metade capital financeiro disponível para ser investido na empresa em seu início.
Na empresa de Fred, não há necessidade de antivírus, pois o Linux não está ameaçado por esse tipo de problema. Dessa forma, se formos somar o custo de 30 softwares antivirus, como o Norton, por exemplo, ao preço de R$ 50,00 por estação de trabalho, a empresa ainda teria desembolsado R$ 1.500,00. Isso sem levar em conta que o antivírus tornaria os computadores mais lentos, o que obviamente tornaria todo o volume de trabalho da empresa também mais lento.
Com o passar do tempo, tanto Fred como os demais funcionários da empresa começaram a conhecer todo o poder do Linux. Descobriram que alguns softwares for Windows poderiam ser rodados no Linux por meio do Wine. Descobriram milhares de softwares gratuitos e que poderiam ser instalados diretamente da internet, sem maiores dificuldades.
Moral da história: por mais que haja uma resistência inicial à adesão do Linux, o que é natural, pois toda transição é complicada, as vantagens não residem apenas numa enorme economia no investimento inicial, mas também na segurança do sistema, em sua operabilidade e versatilidade.
Portanto, fica aqui uma dica: "Reveja e projete suas necessidades, pesquise suas aplicações críticas, estude as soluções de software livre para elas. Use e estimule o uso desses softwares, pois somente dessa forma as empresas e as pessoas serão livres para produzir o seu trabalho".
Imagine um novo empreendedor, tipicamente brasileiro. Vamos chama-lo de Frederico, ou simplesmente, Fred. Ele não é um profundo conhecedor de informática, mas vira-se muito bem com as tarefas comuns à maioria dos usuários: envia e recebe emails, acessa sites de bancos para fazer pagamentos, utiliza programas de escritórios com destreza, como o Word e o Excell.
Fred possui um capital de R$ 100.000,00 que obteve com a venda de um apartamento que estava em seu nome, herdado de seu pai, já falecido. Fred decide montar uma empresa de vendas. Ao planejar sua empresa, Fred percebe que irá precisar, inicialmente, de 10 microcomputadores e, sabendo que deverá usar apenas softwares originais na empresa, decide pesquisar qual será o investimento inicial em apenas dois deles: o sistema operacional e um pacote Office. A relação abaixo foi produzida por Fred e mostra os valores médios encontrados por sua pesquisa:
Windows Vista Home Basic----------------------- R$ 350,00
Windows Vista Home Premium----------------- R$ 450,00
Windows Vista Business Full--------------------- R$ 700,00
Windows Vista Ultimate---------------------------- R$ 900,00
Windows XP Professional-------------------------- R$ 500,00
Office 2007 Standart Full-------------------------- R$ 1.100,00
Avaliando as possibilidades, Fred fica em dúvida entre o Vista Business Full e Windows XP, mas opta pelo segundo que, embora já defasado em relação aos dois novos sistemas da Microsoft (Vista e Windows 7, este último não relacionado acima), atenderia bem suas necessidades e com um custo significativamente menor. Como sempre utilizou o Microsoft Office, não se vê com opções de escolha. Dessa forma, multiplicando-se os valores de cada software por 10, Fred percebe que o investimento será de R$16.000,00, ou seja, 16% do seu capital inicial será utilizado penas em softwares básicos, sem contar o valor dos computadores propriamente ditos.
Assustado com o alto valor, Fred procura um amigo que é analista de sistemas para pedir ajuda. Vitor, o amigo analista, conta a Fred sobre os softwares livres. Assim, Fred descobre que pode economizar integralmente os R$ 16.000,00 que iria gastar, caso utilize soluções de software livre, como o Linux e o OpenOffice. Esses R$ 16.000,00 poderiam, então, ser utilizados de diversas maneiras, como manter um capital de segurança, investir em publicidade, investir no treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários, entre outros.
Ao inaugurar a empresa, os funcionários contratados deparam-se com compudores rodando o sistema operacional Linux, mais especificamente com a distribuição Ubuntu, que é uma das mais fáceis de utilizar. Como pacote de escritório, Fred optou pela instalação do OpenOffice 3.0, que supre não somente as necessidades de escritório convencionais, como também já vem com o recurso de salvar em PDF por default.
Obviamente, houve muita resistência dos funcionários ao novo sistema operacional, pois nunca haviam lidado com ele antes. Como todo administrador sabe, uma das características do ser humano é resistir a mudanças, visto que isto implica em um novo aprendizado, o que consome, além da paciência, muita energia.
Com o passar do tempo, os funcionários perceberam as vantagens do Linux sobre o Windows. Ele em momento algum travou, nem ficou lento com a instalação de novos programas. Adoraram a ideia de não existir vírus, o que os deixava mais seguros. Acabaram, obviamente, descobrindo que o seu funcionamento é tão simples quanto o do Windows e, em determinadas situações, até mesmo mais simples. Além disso, ao conhecerem os efeitos visuais do Compiz/Fusion, como o cubo 3D e as janelas gelatinosas, perceberam que o visual do Linux é o melhor que existe entre todos os sistemas operacionais e que o "efeito aero" do Windows Vista é apenas uma brinadeirinha de criança.
A empresa cresceu e, em pouco tempo, já haviam 30 computadores. A inserção desses 20 novos computadores teve um custo R$ 32.000,00 menor do que seria esperado se rodassem Windows XP com o pacote Microsoft Office. No total, a empresa já havia economizado R$ 48.000,00 em softwares básicos, ou seja, quase a metade capital financeiro disponível para ser investido na empresa em seu início.
Na empresa de Fred, não há necessidade de antivírus, pois o Linux não está ameaçado por esse tipo de problema. Dessa forma, se formos somar o custo de 30 softwares antivirus, como o Norton, por exemplo, ao preço de R$ 50,00 por estação de trabalho, a empresa ainda teria desembolsado R$ 1.500,00. Isso sem levar em conta que o antivírus tornaria os computadores mais lentos, o que obviamente tornaria todo o volume de trabalho da empresa também mais lento.
Com o passar do tempo, tanto Fred como os demais funcionários da empresa começaram a conhecer todo o poder do Linux. Descobriram que alguns softwares for Windows poderiam ser rodados no Linux por meio do Wine. Descobriram milhares de softwares gratuitos e que poderiam ser instalados diretamente da internet, sem maiores dificuldades.
Moral da história: por mais que haja uma resistência inicial à adesão do Linux, o que é natural, pois toda transição é complicada, as vantagens não residem apenas numa enorme economia no investimento inicial, mas também na segurança do sistema, em sua operabilidade e versatilidade.
Portanto, fica aqui uma dica: "Reveja e projete suas necessidades, pesquise suas aplicações críticas, estude as soluções de software livre para elas. Use e estimule o uso desses softwares, pois somente dessa forma as empresas e as pessoas serão livres para produzir o seu trabalho".